terça-feira, 10 de maio de 2011

Brasil ocupa 3º lugar no ranking mundial de mortes no trânsito, com 50,7 mil por ano



O trânsito brasileiro é mais violento do que se pensa. Enquanto os dados mais recentes do Ministério da Saúde, de 2008, apontam para 38.723 mortes nas ruas e estradas do país, a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT registrou 50.780 óbitos no ano passado.

A diferença estatística é de 23,74%. Os números do DPVAT põem o Brasil no terceiro lugar do ranking de óbitos provocados por acidentes automobilísticos no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde, atrás apenas de China (220,7 mil) e Índia (196,4 mil). Pelos dados do governo federal, o país seria o oitavo colocado na lista da OMS.

Alarmada, a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro prepara um projeto de lei para responsabilizar autoridades públicas pela tragédia sobre quatro rodas. Presidente do bloco, o deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ) tem na alça de mira o presidente do Departamento Nacional de Trânsito, Orlando Moreira da Silva — ainda interino —, e o ministro das Cidades, Mário Negromonte, a quem o Denatran se submete.

Para o deputado (foto), o ministério e o órgão têm sido omissos na questão.— Queremos um plano 
nacional de redução de acidentes de trânsito, que mataram mais de 50 mil em 2010, mas isso depende de responsabilizar autoridades públicas. A lei só vale para o motorista, mas não para o administrador público. 

Não há um líder nessa história, que poderia ser o Denatran ou o Ministério das Cidades, mas ninguém faz nada — afirma o parlamentar.

A presença no ranking de países com o trânsito mais violento no mundo coloca o Brasil em uma incômoda posição às vésperas do lançamento da Década Mundial do Trânsito, a ser lançada na próxima quarta-feira. 

Para o deputado Hugo Leal, a explicação para isso pode estar no contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset).
De acordo com Leal, só um sexto do dinheiro arrecadado em multas saiu dos cofres do Funset, que é administrado pelo Denatran.

— O governo tinha R$ 1,2 bilhão em 2010, mas só liberaram R$ 200 milhões porque a Justiça mandou. Só que usaram o dinheiro em campanhas na TV. Tem que haver educação nas escolas — afirma o deputado.

Fonte: Blog do Pedrosa

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