sexta-feira, 1 de abril de 2011

A Fábula do Rato

Companheiros e Companheiras
Felizmente, a TV Globo tem mostrado mais reportagens sobre o trânsito nos últimos tempos, referindo-se ao crescente número de vítimas, à irresponsabilidade de motoristas, motociclistas e pedestres, à corrupção e omissão das autoridades, ao mau estado de ruas e rodovias, etc.
No Fantástico exibido no dia 27 de março pp, tivemos oportunidade de assistir à denúncia do consumo de drogas e anfetaminas por parte de motoristas de caminhões, estas consumidas por motoristas que tinham de cumprir um horário mais longo ao volante de seus veículos, seja por imposição dos patrões (tão criminosos quanto aqueles), seja por necessidade de pagar as prestações de seus caminhões.
O fato é que, em qualquer das hipóteses relacionadas, os efeitos danosos não ficam restritos aos autores destes atos: vão além e atingem terceiros, isto é, eu e minha família, você e sua família. Desastres com elevados números de vítimas, impotentes diante do tamanho e do peso dos caminhões.
Desastres por causa do descontrole ao volante gerado por causa do uso do crack, da cocaína e do álcool; desastres por causa das anfetaminas e seus distúrbios psíquicos, quando o usuário pode enxergar dois ônibus ou automóveis ao invés de apenas um: um que é e o outro que não é. E, tragicamente, destrói sempre o que é. E matam familiares de qualquer um, sem o privilégio da exceção.
Leiam a Fábula do Rato a seguir. Pensar que não temos nada a ver com quem se droga ao volante, ou nada a ver com os menores (sem habilitação) que mataram cinco jovens em três desastres em São Paulo, é ter atitude idêntica aos animais da historinha abaixo: todos pagamos o preço.

“A Fábula do Rato
 O que é ruim para alguém pode ser ruim para todos...
 Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!
A galinha disse: - Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até ao porco e disse: - Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! - Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações...
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse: - O que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira...
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
O fazendeiro levou a esposa imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, (matou a galinha).
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la... Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

MORAL DA HISTÓRIA: NA PRÓXIMA VEZ QUE VOCÊ OUVIR DIZER QUE ALGUÉM ESTÁ DIANTE DE UM PROBLEMA E ACREDITAR QUE O PROBLEMA NÃO LHE DIZ RESPEITO, LEMBRE-SE DE QUE QUANDO HÁ UMA RATOEIRA NA CASA, TODA A FAZENDA CORRE O RISCO. O PROBLEMA DE UM, É PROBLEMA DE TODOS!

PS.: Excelente fábula para ser divulgada principalmente em grupos de trabalho! Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos.”

Assim é com o trânsito.
 Adilio Valadão.
ROTARIANOS NO TRÂNSITO.

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